segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fui ingênuo na busca - Reflexões do Filho Pródigo ao Retornar.



A quem eu pertenço? Ao Pai ou ao mundo?

Muitas das minhas preocupações diárias sugerem que eu pertenço mais ao mundo do que a Deus. Só basta um pouco de crítica para me deixa com raiva, um pouco de rejeição já me sinto deprimido.Um pequeno elogio eleva meu espírito, e um pouco de sucesso me excita. É preciso muito pouco para me levanta ou derrubar.

Muitas vezes eu sou como um pequeno barco no oceano, completamente à mercê das ondas. Gasto muita energia para manter o equilíbrio das velas evitando se afogar em um possível naufrágio neste mar, nesta vida que é uma verdadeira luta pela sobrevivência. Não é uma luta santa, mas uma luta ansiosa resultante da idéia equivocada de que é o mundo que me define.

Enquanto eu continuo procurando “quem me ama de verdade”, eu ouço as vozes do mundo e me sinto numa prisão porque o mundo está cheio de respostas. O mundo diz: Sim, eu te amo, se você for bonito, inteligente e rico. Eu te amo, se você tiver uma boa educação, um bom trabalho e boas amizades. Eu te amo, se você produzir muito mais, vender mais e comprar muito.


Existem infinitas respostas escondidas neste mundo. Essas respostas me escravizam, pois é impossível rejeitar tamanho prazer. O mundo oferece um amor condicional. Enquanto eu continuo procurando o meu verdadeiro eu no mundo do amor condicional, vou continuar ligado ao mundo tentando, falhando e tentando novamente. É um mundo que promove o vício, porque o que ele oferece não pode satisfazer o desejo mais profundo do meu coração.

Eu sou o filho pródigo e sempre tenho procurado o amor incondicional onde não pode ser encontrado. Por que eu continuo a ignorar o lugar do amor verdadeiro e persisto procurar em outro lugar? Por que eu continuo saindo da casa onde sou chamado de filho, o amado de meu Pai?

Surpreendo-me com a forma como eu continuo tendo os dons que Deus me deu a minha saúde, meus dotes intelectuais e emocionais e me chateio por continuar usando-os para impressionar as pessoas, receber afirmação e louvor, e competir por prêmios, ao invés de desenvolvê-los para a glória de Deus. Sim, muitas vezes coloco a serviço do mundo, me sinto explorado e desconheço o seu verdadeiro valor.

Sinto-me como se eu quisesse provar a mim e ao meu mundo que eu não preciso do amor dos deuses, que eu posso vencer com as minhas próprias forças, que eu sou totalmente independente. Debaixo de tudo isso está à grande rebelião, radical a maldizente no indizível ao Pai. É a revolta que me coloca fora do jardim, fora do alcance da árvore da vida. É a revolta que faz dissipar-me em um país distante.


Quando eu retornei ao pai, recebi um abraço forte acontecendo o fim da minha rebelião. Agora tudo ficou claro, essas mãos sempre estavam esticadas, mesmo quando não havia ombros para eu reclinar a minha cabeça. Deus nunca retirou os seus braços, nunca recusou a sua bênção, jamais deixou de considerar-me como seu filho amado. Entendi porque o meu Pai não me obrigou a ficar em casa. Ele não poderia forçar-me. Mas ele tinha que deixar ir à liberdade, mesmo sabendo que a dor causada pela minha ausência seria insuportável. Foi o próprio amor que impediu meu pai de me prender em casa a todo custo. Foi o próprio amor que lhe permitiu deixar-me encontrar a minha própria vida, mesmo com o risco de perder-me.


Eis o mistério da minha vida é revelado. Eu sou tão amado que eu fiquei sem sair de casa. A bênção está lá desde o início. Por capricho, deixei a minha mente vagar lá fora e  sei que sempre terá o perigo de retornar a vagar. Mas o Pai está sempre olhando para mim com os braços abertos para me receber de volta e sussurrar em meu ouvido: "Você é o meu filho amado, a quem eu me agrado". 

Obrigado Pai por me receber novamente, 

Atenciosamente, O Filho Pródigo.
Texto Base: Lucas 15.11-32.
Autoria do texto: Hubner Braz
Texto Retirado deste Blog sigam,e muito edificante e atual.Mas retirei este texto justamente porque tenho me sentido igual ao Filho Prodigo,preciso lembrar que o Pai esta la me esperando

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